terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Exemplo de Daniel


As tentações para condescender com o apetite possuem um poder que só se vence com o auxílio que Deus pode proporcionar. Temos, porém, a promessa de que, para cada tentação, haverá um meio de escape.
Por que, então, são tantos os vencidos? É porque não põem em Deus a sua confiança. Não se prevalecem dos meios providos para sua segurança. As desculpas apresentadas para a satisfação do apetite pervertido, não são, pois, de nenhum peso perante Deus.

Daniel avaliava suas capacidades humanas, mas nelas não confiava. Sua confiança estava na força que Deus prometeu a todos os que forem ter com Ele em humilde dependência, confiando inteiramente no Seu poder.

Ele propôs em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; pois sabia que semelhante regime não lhe fortaleceria as faculdades físicas nem aumentaria sua capacidade mental. Não usaria vinho, nem qualquer outro estimulante artificial; não faria coisa alguma que lhe entorpecesse a mente; e Deus lhe deu "o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria", e também "entendimento em toda visão e sonhos". Dan. 1:17.

Os pais de Daniel educaram-no, em sua infância, em hábitos de estrita temperança. Haviam-lhe ensinado que devia conformar-se com as leis da natureza em todos os seus hábitos; que seu comer e beber tinham influência direta sobre sua natureza física, mental e moral, e que ele era responsável a Deus por suas capacidades; pois considerava a todas como dom de Deus, e não devia, por qualquer procedimento, atrofiá-las ou mutilá-las. Em resultado deste ensino, em sua mente exaltava a lei de Deus, e a reverenciava no coração. Durante os primeiros anos de seu cativeiro, passou Daniel por uma prova severa que o devia familiarizar com a grandeza da corte, com a hipocrisia e o paganismo. Estranha escola,com efeito, para prepará-lo para uma vida de sobriedade, diligência e fidelidade! E todavia viveu incorrupto pela atmosfera do mal de que se achava rodeado.

A experiência de Daniel e seus jovens companheiros ilustra os benefícios que podem provir de um regime abstêmio, e mostra o que Deus fará em favor dos que com Ele cooperarem na purificação e enobrecimento da alma. Eram eles uma honra a Deus, e uma viva e brilhante luz na corte de Babilônia.

Nesta história ouvimos a voz de Deus dirigindo-se a nós individualmente, ordenando-nos que reunamos todos os preciosos raios de luz sobre este assunto da temperança cristã, e nos coloquemos na devida relação para com as leis da saúde.
(Christian Temperance and Bible Hygiene, págs. 22 e 23.)



Que seria, se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido arrebatados pela tentação.

Review and Herald, 25 de janeiro de 1881.
Conselhos Sobre Regime Alimentar pág 154-155

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