quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O CAVALO AMARELO

Vamos estudar mais uma etapa da história da greja cristã.

A profecia diz o seguinte: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem! E eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome morte; e inferno o seguia; e foi-lhe dado poder de matar a quarta parte da terra, com espada, com fome, e com peste, e com feras da terra.” (Apocalipse 6:7-8).

Algumas pessoas apreciam muito esta parte do Apocalipse para produzirem terror espiritual. Os sete selos e suas implicações são utilizados visando causar uma expectativa negativa de destruição e morte. Por isso, os apaixonados pelo caos mundial gostam de falar sobre o cavalo amarelo.

Sempre é bom lembrar que o que foi revelado a João é uma profecia que anuncia diferentes períodos pelos quais a igreja cristã passaria ao longo da história. Assim, o período da história da igreja cristã, simbolizado pelo cavalo amarelo, vai do ano 538 a 1517 d.C.


Este período foi o tempo quando o imperador transferiu o poder da liderança da Igreja para o papado. A visão do cavalo amarelo simboliza o período no qual se consumou o caos da igreja cristã. Essa degradação teve inicio no período simbolizado pelo cavalo vermelho, tornou-se mais forte no período simbolizado pelo cavalo preto e quase inimaginável no período do cavalo amarelo.

A igreja pura, que Jesus estabeleceu e que os apóstolos mantiveram incontaminada durante o primeiro século, foi se corrompendo lentamente. Ao chegar a Idade Média ou período do cavalo amarelo, é encontrada uma igreja cristã, apenas de nome, que não era nem a sombra da daquilo que Jesus havia fundado. A adoração somente a Deus havia desaparecido. Sobejavam adoradores de imagens e ídolos feitos por mãos humanas.


Veja que a profecia diz que a morte seria marca desse período. E foi. Todo e qualquer dissidente ou descontente com essa deturpação religiosa era perseguido e cruelmente morto para servir de lição aos demais. Matava-se, pilhava-se, cometiam-se atrocidades em nome de Deus. As fogueiras viviam acesas pois eram queimados vivos os que tinham coragem de ficar ao lado dos ensinamentos bíblicos.


Um historiador conta o seguinte: “Visitei a Espanha, França, Itália, os lugares mais profundamente manchados e tintos com sangue dos mártires… Oh! É uma história sangrenta. Estive no vale de Lucena, onde habitavam os fieis Valdenses, aqueles antigos protestantes que se apegavam ao evangelho puro através de todos os séculos escuros, aquele aprazível vale com todas as suas encostas cobertas de pinheiros que Roma transformou num matadouro. Que horrível massacre de homens mansos, que horríveis massacres de delicadas mulheres e indefesas crianças. Sim, vós o odiastes, caçastes e armaram-lhes ciladas, os torturastes, os apunhalastes, os atravessastes com lanças, os empalastes, os enforcastes, os assassinastes, os cortastes em pedaços, os violastes, desrespeitastes mulheres e crianças, vós os rasgastes ao meio, membro a membro, os arremetestes em precipício e os despedaçastes ao encontro das rochas. Vós torturastes, os queimastes e os sacrificastes. Assim a Espanha, Itália, França, foi transformada num verdadeiro matadouro”.


Um outro exemplo do que a igreja de Roma fez neste período foi com um cidadão, chamado João Huss. Ele foi levado diante de um grupo de cardeais para retratar-se, mas ao invés de fazer o que lhe salvaria a vida, ele disse o seguinte: “Com que cara contemplarei os céus? Como olharia para as multidões que preguei o evangelho?” Depois de despirem João Huss e colocarem roupas de opróbrio e vergonha, os prelados disseram: “Agora votamos a tua alma ao diabo” e João Huss erguendo os olhos para o céu disse: “Entrego o meu espírito em tuas mãos, oh Senhor Jesus, pois tu me remiste”.


Foi entregue as autoridades seculares e levado ao lugar de execução. Um grande grupo o acompanhou. Centenas de homens armados juntamente com os padres e bispos. Quando foi ateado fogo ao poste, e tudo pronto para acender a fogueira, o mártir foi outra vez orientado a retratar-se dos seus erros. Porém, respondeu “Não posso retratar-me, mas alegremente confirmarei com o meu sangue as verdades que escrevi e preguei”. Quando as chamas começaram a envolvê-lo, ele passou a cantar: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim”, e assim silenciou a sua voz.


Jerônimo, um dos discípulos dele teve a mesma sorte de seu mestre. “Foi preso, lançado em uma masmorra e sustentado a pão e água. Ali ficou 340 dias sem ver a luz do sol. Quando saiu para apresentar-se ao concílio sua carne estava como que podre sobre os seus ossos. Ao confirmar sua crença na Bíblia, todo o concílio o classificou como herege. Sem demora se proferiu a sentença de morte contra ele. Contudo, ele fez o trajeto tendo o semblante iluminado, com alegria e paz. Seu olhar fixava-se em Cristo e a morte havia perdido o terror. Quando o carrasco, estando para acender a fogueira passou por traz dele; o mártir exclamou: “Venha com ousadia para a frente; ponha fogo à minha vista. Se eu tivesse medo não estaria aqui”.

A Igreja neste período adquiriu poder político e passou de perseguida, no primeiro século, a perseguidora na Idade Média. O líder da Igreja passou para si poderes que pertencem unicamente a Deus: que é perdoar pecados, condenar e absolver pecadores, e exigir adoração e reclamar infalibilidade.

A profecia cumpriu-se ao pé da letra. A morte de cristãos por cristãos pagãos, foi a marca deste triste período.


http://www.redemaranatha.com.br/?cat=3&paged=10

Nenhum comentário:

Postar um comentário