quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O CAVALO VERMELHO


Na época da Primeira igreja Cristã, Cristo e os apóstolos eram os dirigentes da igreja, porém, com o passar do tempo, a igreja cristã começou a enfrentar outros problemas. Hoje, vamos estudar uma etapa muito difícil que a igreja viveu.

A profecia que será estudada diz o seguinte: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, que matassem uns aos outros; e foi-lhe dado uma grande espada” (Apocalipse 6:4).

O período representado pelo cavalo vermelho vai do ano 100 ao ano 313 d.C. Este período foi marcado pelas perseguições do império romano aos cristãos. Foram mais de dez grandes perseguições. Neste período a igreja cristã foi chamada de a “igreja das catacumbas”.

O que eram as catacumbas? Eram cemitérios subterrâneos. Como os pagãos acreditavam que quando a pessoa morria a alma continuava viva, eles não entravam nestas catacumbas; assim os cristãos aproveitavam para se refugiar nestes cemitérios.

Se você for à Roma poderá visitar uma destas catacumbas. A mais visitada é a de São Calixto. Ela tem túneis que estão a vinte e dois metros de profundidade. Há centenas e centenas de túneis embaixo da terra. Ali, junto aos mortos, os cristãos viveram e realizaram seus cultos.

Neste período mais de sessenta mil cristãos foram mortos pelo império romano. A profecia diz que este poder iria tirar a paz da terra. Isto foi cumprido com todos os pormenores e, em alguns casos, com requintes de crueldade.

Vimos no programa anterior, que o cavalo branco representava a pureza da doutrina de Cristo. A pureza na adoração, a pureza na obediência à Palavra de Deus. No primeiro século a doutrina de Jesus foi mantida inalterada.


Porém, o grande objetivo de Satanás sempre foi atacar a igreja de Deus nesses dois pontos: a adoração e a obediência. Se ele conseguisse corromper a adoração a Deus e a doutrina de Cristo, seria o máximo.


É interessante fazermos uma comparação entre os dois primeiros cavaleiros. O do cavalo branco tinha um arco. Essa arma na mão de alguém significa prontidão para defender o que lhe pertence. Porém, o que está montado no cavalo vermelho tem em sua mão uma grande espada. O cavalo vermelho revela discórdia, discussão e controvérsia entre os filhos de Deus. Vermelho é cor de sangue, e, por esse motivo, muitos estudiosos da Bíblia relacionam este período com a época de perseguições extremas que a Igreja atravessou durante os três primeiros séculos, nas mãos dos Césares.


Mas a profecia diz que este cavaleiro iria tirar a paz. E isto foi cumprido plenamente nos dias dos imperadores romanos. Qualquer livro da história do cristianismo, nos primeiros séculos, traz as atrocidades cometidas contra os cristãos.

Mas a profecia afirma que neste tempo “os homens se matavam uns aos outros”. O profeta, além de ver a destruição dos cristãos, também viu uma grande luta dentro da igreja cristã. Um dos grandes problemas que os cristãos iriam enfrentar, não era unicamente a perseguição do império romano, e sim os falsos ensinos que seriam inseridos dentro do cristianismo.

O que aconteceu neste período foi que a Igreja espalhou-se em todo o mundo, e passou a batizar pessoas que não tinham o conhecimento suficiente da doutrina cristã. Muitos gregos, romanos, ou de qualquer outra nacionalidade, começaram a pertencer à igreja sem ter abandonado os seus velhos costumes e doutrinas.

Assim, de maneira bem lenta a gradual, os cristãos nominais começaram a trazer para dentro do cristianismo, costumes e crenças que tinham enquanto estavam envolvidos com o paganismo, e a doutrina cristã foi sendo gradativamente deixada de lado.

Até o próprio imperador “converteu-se”. Foi Constantino. Adorador do sol, com um dia consagrado para isso, o domingo, primeiro dia da semana. Por influência dele a igreja cristã assimilou essa crença, estranha ao corpo de doutrinas.

Conseqüentemente aconteceram conflitos internos na igreja decorrentes dessa mistura da verdade com o erro. Necessitavam de uma liderança forte e o bispo de Roma foi escolhido. Agora no poder, a própria liderança cristã passou a perseguir quem não concordava. O historiador Walter Duram escreveu que “provavelmente, mais cristãos foram degolados por cristãos do que em todas as perseguições que os pagãos fizeram contra os cristãos na história de Roma” (O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pg.42).

Este período foi marcado pela perseguição de pagãos contra cristãos e de falsos cristãos contra os verdadeiros cristãos. A paz interna e externa foi tirada da Igreja. “As polêmicas geraram ataques pessoais e acusações da pior espécie. O príncipe da paz foi afastado do trono da Igreja e ela virou confusão. Estava dado um largo passo para a apostasia iminente e contínua na Igreja cristã que até hoje continua no meio da cristandade” (A verdade sobre as Profecias do Apocalipse, pg.91).

A profecia se cumpriu mais uma vez. Os sinceros deram a própria vida pelo cristianismo deixado por Jesus.


http://www.redemaranatha.com.br/?cat=3&paged=10

Nenhum comentário:

Postar um comentário