quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O CAVALO BRANCO


A história do pecado começa no céu, com Lúcifer, um anjo de destaque nas hostes divinas. Tomado pelo orgulho e a cobiça organiza uma rebelião de anjos. Dois pontos motivam essa reação estranha ao ambiente celestial: a adoração e a obediência.

Para Lúcifer, era impossível um ser criado obedecer a Deus. E, pela posição de destaque na liderança dos anjos, ele entendia que também merecia ser adorado, como o Pai e o Filho.

A guerra, que começou no céu, transferiu-se para este planeta. Adão e Eva caíram na conversa do inimigo e os dois pontos lá do princípio, continuam norteando as estratégias malignas. Ao longo da história, Satanás tem tentado de todas as formas atrair adoradores para si, e ao mesmo tempo, tem procurado desvirtuar a Palavra de Deus. Para alcançar estes objetivos, ele usa todos os métodos possíveis: engana, mente, esconde, disfarça e, quando isto não dá certo, ele persegue, mata e destrói.

A profecia dos quatro cavaleiros do Apocalipse mostra alguns dos métodos que o diabo usou para alcançar os seus objetivos.

Os sete selos foram abertos finalmente foram abertos. Então João, utilizando-se de linguagem figurada, começa a descortinar o que estava guardado.

A profecia do primeiro selo diz o seguinte: “E havendo o cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como que em voz de trovão: Vem e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer” (Apocalipse 6:1-2).

A profecia diz que ao ser aberto o primeiro selo, ou o primeiro capitulo da história da Igreja cristã, o que João viu foi um cavalo branco. Este cavalo branco representa a pureza dos ensinos da primeira fase da igreja. Ela nasceu com conceitos puros e corretos. Fortaleceu-se com verdades incontestáveis ensinadas pelo próprio Senhor Jesus Cristo.

Este período vai do ano 31 ao ano 100 de nossa era. Começa com Jesus e passa pelos apóstolos liderando as primeiras congregações. A cor branca desse cavalo revela a pureza e o poder de conquista do evangelho diante do paganismo no inicio da igreja cristã.

Ouça o que escreveu o profeta Isaías: “Ainda que teus pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (1:18). Portanto, o branco é símbolo da pureza absoluta do evangelho que devia ser pregado a um mundo dominado por conceitos e filosofias pagãs.

E essa igreja iniciante prega justamente adoração e obediência, os dois pontos de discussão entre Deus e o diabo. Inclusive, na tentação no deserto, Jesus foi muito claro com Satanás diante das insinuações e pedidos de adoração: “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás”. (Mateus 4:40).

Esse discurso focado na adoração e obediência rendeu muita discussão nos primórdios da igreja. Jesus veio a este mundo para ensinar que a Palavra dEle é eterna e imutável. A obediência ao que Ele pede é um requisito exigido de todos os que se dizem cristãos.

A figura do cavalo branco revela como se conduziu a igreja de Jesus Cristo no primeiro século. Foi um período de guerra entre a verdade e a mentira; entre a verdadeira e a falsa adoração. A igreja foi cruelmente perseguida por não querer inclinar-se diante de César, o imperador romano, que reclamava adoração para si.

Dá para imaginar quem estava por trás de César, exigindo adoração, não é mesmo? Sim, por trás, nos bastidores, estava o inimigo de Deus, usando um governante para atingir os seus objetivos. Satanás não tem escrúpulos, ele usa qualquer pessoa para que os objetivos dele sejam alcançados.

A pureza da pregação do evangelho trouxe várias provações. Pedro e João foram presos (Atos 4:1-4); Estevão foi apedrejado (Atos 6:8); antes, João Batista fora decapitado por ordem de Herodes; Tiago foi decapitado por ordem de Herodes Agripa; Felipe foi aprisionado e crucificado; Mateus foi morto a chutes e pontapés; Tiago, o menor, foi apedrejado; Matias foi apedrejado em Jerusalém e decapitado; André foi crucificado; Marcos foi feito em pedaços por uma multidão enfurecida em Alexandria; Pedro foi crucificado em Roma, de cabeça para baixo; Paulo foi decapitado em Roma; Judas Tadeu foi crucificado; Bartolomeu foi crucificado e serrado ao meio; Tomé foi morto com lanças; Lucas foi enforcado na Grécia; Simão foi crucificado na Bretanha; João, foi levado para a ilha de Patmos e foi o único que morreu de morte natural.

Talvez você se pergunte agora: Por que todos os pioneiros foram assassinados, se esta Igreja, simbolizada pelo cavalo branco e pelo seu cavaleiro, saiu vitoriosa e para vencer? A única é que morreram por causa da palavra de Deus (Apocalipse 6:9).

A Igreja, neste período diz L.E. Froom, “Sem escolas, eles confundiram os letrados rabinos; sem poder político ou social, mostraram-se mais fortes que o Sinédrio; não tendo um sacerdócio, desafiaram os sacerdotes e o templo; sem um soldado sequer, foram mais poderosos que as legiões romanas. E foi assim que fincaram a cruz acima da águia romana” (O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pg. 40).


Extraído de :http://www.redemaranatha.com.br/?cat=3&paged=11

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