terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cristo no deserto da tentação. É possível ser Fiel?


Assim se tem Satanás aproveitado da fraqueza da humanidade.
E continuará a operar deste modo.
Sempre que uma pessoa se encontra rodeada de nuvens, perplexa pelas circunstâncias, ou aflita pela pobreza e a infelicidade, Satanás se acha a postos para tentar e aborrecer.
Ataca nossos pontos fracos de caráter. Procura abalar nossa confiança em Deus, que permite existirem tais condições.
Somos tentados a desconfiar de Deus, pôr em dúvida Seu amor. Freqüentemente o tentador vem a nós como foi a Cristo, apresentando nossas fraquezas e enfermidades.
Espera desanimar-nos a alma, e romper nossa ligação com Deus. Então está seguro de sua presa. Se o enfrentássemos como Jesus fez, haveríamos de escapar a muita derrota.

Parlamentando com o inimigo, damos-lhe vantagem.

Quando Cristo disse ao tentador: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus", repetiu as palavras que, mais de mil e quatrocentos anos atrás, Ele dissera a Israel: "O Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, ... e te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem". Deut. 8:2 e 3.

No deserto, quando falharam todos os meios de subsistência, Deus enviou a Seu povo maná do Céu; e foi-lhe dada suficiente e constante provisão. Essa providência visava a ensinar-lhes que, enquanto confiassem em Deus, e andassem em Seus caminhos, Ele os não abandonaria.

O Salvador pôs agora em prática a lição que dera a Israel. Pela Palavra de Deus, fora prestado socorro às hostes hebraicas, e pela palavra seria ele concedido a Jesus. Ele aguardava o tempo designado por Deus, para O socorrer.

Achava-Se no deserto em obediência a Deus, e não obteria alimento por seguir as sugestões de Satanás. Em presença do expectante Universo, testificou Ele ser menor desgraça sofrer seja o que for, do que afastar-se de qualquer modo da vontade de Deus.


"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus". Mat. 4:4.

Muitas vezes o seguidor de Cristo é colocado em situação em que não lhe é possível servir a Deus e continuar seus empreendimentos mundanos.
Talvez pareça que a obediência a qualquer claro reclamo da parte de Deus o privará dos meios de subsistência. Satanás quer fazê-lo crer que deve sacrificar as convicções de sua consciência.

Mas a única coisa no mundo em que podemos repousar é a Palavra de Deus. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Mat. 6:33.

Mesmo nesta vida não nos é proveitoso apartar-nos da vontade de nosso Pai no Céu.

Quando aprendermos o poder de Sua palavra, não seguiremos as sugestões de Satanás para obter alimento ou salvar a vida.

Nossa única preocupação será: Qual é o mandamento de Deus? Qual Sua promessa? Sabendo isso, obedeceremos ao primeiro, e confiaremos na segunda.

Na última grande batalha do conflito com Satanás, os que são leais a Deus hão de ser privados de todo apoio terreno. Por se recusarem a violar-Lhe a lei em obediência a poderes terrestres, ser-lhes-á proibido comprar ou vender. Será afinal decretada a morte deles. (Apoc. 13:11-17.)

Ao obediente, porém, é dada a promessa: "Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas são certas." Isa. 33:16.

Por essa promessa viverão os filhos de Deus. Quando a Terra estiver assolada pela fome, serão alimentados. "Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão." Sal. 37:19.

Daquele tempo de angústia prediz o profeta Habacuque, e suas palavras exprimem a fé da igreja:

"Portanto ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação." Hab. 3:17 e 18.


De todas as lições a serem aprendidas da primeira grande tentação de nosso Senhor, nenhuma é mais importante do que a que diz respeito ao controle dos apetites e paixões.
Em todos os séculos, as tentações mais atraentes à natureza física têm sido mais bem-sucedidas em corromper e degradar a humanidade. Satanás opera por meio da intemperança para destruir as faculdades mentais e morais concedidas por Deus ao homem como inapreciável dom. Assim se torna impossível ao homem apreciar as coisas de valor eterno.

Através de condescendências sensuais, busca ele apagar na alma todo traço de semelhança com Deus.

As irrefreadas satisfações da inclinação natural e a conseqüente enfermidade e degradação que existiam ao tempo do primeiro advento de Cristo, dominarão de novo, com intensidade agravada, antes de Sua segunda vinda. Cristo declara que as condições do mundo serão como nos dias anteriores ao dilúvio, e como em Sodoma e Gomorra.

Todas as imaginações dos pensamentos do coração serão más continuamente. Vivemos mesmo ao limiar daquele terrível tempo, e a nós convém a lição do jejum do Salvador.

Unicamente pela inexprimível angústia suportada por Cristo podemos avaliar o mal da irrefreada satisfação própria. Seu exemplo nos declara que nossa única esperança de vida eterna, é manter os apetites e paixões sob sujeição à vontade de Deus.


Em nossa própria força, é-nos impossível escapar aos clamores de nossa natureza caída. Satanás trar-nos-á tentações por esse lado. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária e, por suas falsas insinuações, enredar todos cuja confiança não se firma em Deus. E, passando pelo terreno que devemos atravessar, nosso Senhor nos preparou o caminho para a vitória.

Não é de Sua vontade que fiquemos desvantajosamente colocados no conflito com Satanás. Não quer que fiquemos intimidados nem desfalecidos pelos assaltos da serpente. "Tende bom ânimo", diz Ele, "Eu venci o mundo." João 16:33.

O que está lutando contra o poder do apetite olhe ao Salvador, no deserto da tentação. Veja-O em Sua angústia na cruz, ao exclamar: "Tenho sede"! João 19:28. Ele resistiu a tudo quanto nos é possível suportar. Sua vitória é nossa.


Jesus repousava na sabedoria e força de Seu Pai celeste. Declara: "O Senhor Jeová Me ajuda, pelo que Me não confundo; ... e sei que não serei confundido. Eis que o Senhor Jeová Me ajuda." Mostrando Seu próprio exemplo, diz-nos: "Quem há entre vós que tema ao Senhor? ... Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor e firme-se sobre o Seu Deus." Isa. 50:7, 9 e 10.


"Vem o príncipe do mundo", disse Jesus; "ele nada tem em Mim." João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação.

O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter.


E a maneira por que isso se realiza, Cristo no-la mostrou. Por que meio venceu no conflito contra Satanás? - Pela Palavra de Deus. Unicamente pela Palavra pôde resistir à tentação. "Está escrito", dizia.

E são-nos dadas "grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo". II Ped. 1:4. Toda promessa da Palavra de Deus nos pertence.

"De tudo que sai da boca de Deus" havemos de viver. Quando assaltados pela tentação, não olheis às circunstâncias, ou à fraqueza do próprio eu, mas ao poder da Palavra.

Pertence-vos toda a sua força. "Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o Salmista, "para eu não pecar contra Ti." Sal. 119:11.

"Pela Palavra dos Teus lábios me guardei das veredas do destruidor." Sal. 17:4.


O Desejado de todas as nações cap.12 pag 122/123

Nenhum comentário:

Postar um comentário